22 dezembro 2010

Charred Walls of the Damned - "Idem" (2010)

"Charred Walls of the Damned"
Full-length, Metal Blade Records

Charred Walls of the Damned. Esse é o nome do projeto que traz consigo nomes como Steve DiGiorgio, o exímio baixista de metade das suas bandas preferidas, Ripper Owens, a maior gralha da América ou se preferir - assim como ele prefere – chame-o de “The Scream Machine”, o grande vencedor do troféu “Injustiçado do metal” de todos os tempos... Fecham o time o guitarrista Jason Suecof, que assina a produção do disco e o baterista/líder Richard Christy que tinha seu último registro em The Glorious Burden, do Iced Earth. Quando você tem um time desse quilate diante dos ouvidos, só o que resta é apreciar sem qualquer moderação ou caçar obsessivamente por defeitos. 

Após ter tentado a primeira opção, não faltou motivação para passar adiante. Preparei todo meu arsenal de caça e terminei frustrado pois nem foi necessária busca ostensiva para encontrar os defeitos, como por exemplo, a arte da capa, um tanto simplista, que não deixa claro se estamos diante do nome do disco, da banda, dos dois ou de nenhum deles. Clara falta de direcionamento, expediente indispensável em um mercado tão competitivo.

Passando para a música, você tem longos minutos para banquetear-se de um metal executado com precisão. Ouvirá todos os instrumentos bem evidenciados e com seus respectivos donos mostrando a que vieram. A cereja do bolo será um Ripper Owens esbanjando seus potentes agudos, gastando e abusando dos drives e trazendo uma idéia bastante interessante ao todo, que é a de uma banda extrema com vocais tipicamente Heavy Metal. Algo como o Control Denied fez, mas com uma dose extra de agressividade e modernidade.


Ao término da audição, porém, o resultado será um patê de guitarras irretocavelmente pesadas, viradas e quebras rítmicas inteligentes e nenhum carisma. Isso mesmo. Você não vai reclamar se tocar novamente, mas simplesmente não vai se apaixonar. De quem é a culpa?


O primeiro nome que surge é, lógico, Ripper Owens. Se alguém tem que levar a culpa ele parece o candidato ideal e, tirando implicâncias do contexto, ele é um cantor que goza de extensas potencialidades vocais, versatilidade em variar tons e do histórico que construiu na cena metálica. Isso tem lhe rendido convites para diversas bandas/projetos, mas será o suficiente para criar linhas incríveis de voz, refrões memoráveis e cativar o ouvinte de forma a fazê-lo se interessar pelo assunto que está abordando na letra? Não. E esse é o problema com Ripper Owens: ele não tem qualquer talento como compositor. Como não poderia ser diferente, ele falhou aqui da mesma forma como tem feito em todos os discos que grava.


Levando em consideração que nem só de vocalistas vivem as bandas e o time aqui é dos mais gabaritados, é bom lembrar que – por melhores executadas que sejam - as músicas devem ser peças incríveis, precisam dar vazão à técnica do grupo mas ao mesmo tempo ser fonte de identificação com o ouvinte. E é aqui que a banda inteira erra. As músicas são um patê refinado de grooves complicados, centenas de camadas de guitarras, melodias desconexas de uma trama ou tema central e, no fim, ainda que Ripper Owens fosse Rob Halford ou Matt Barlow (ops!), ele não salvaria o conjunto da conclusão inevitável: Charred Walls of the Damned é apenas mais uma vitrine para seu line up que, cada qual com seus motivos, devem estar doidos para assentar seus rabos em bandas com alguma relevância no cenário musical atual.

À Richard Christy desejo boas vindas em seu retorno ao metal. Vamos esperar que na próxima empreitada sejam todos melhor sucedidos!


21 dezembro 2010

All The Cold - "One Year of Cold" (2009)

"One Year of Cold"
Best of/Compilation, Kunsthauch
April 24th, 2009

Frio, muito frio. Não poderia ser diferente se até o nome da banda remete a isso. O All The Cold, para quem não conhece, toca Ambient Black Metal, provém da Rússia e foi formada em 2007 pelo multi intrumentista Winter (o nome não poderia ser outro), hoje já fora do grupo. 

A discografia deles não é muito regular, tendo apenas lançado demos e splits. One Year of Cold é uma compilação trazendo nove faixas, sendo as duas últimas exclusivas. 

Aconselho uma audição bem feita pois temos aqui um belíssimo exemplo de ódio, frieza e perversidade em forma de música. Ouvidos menos acostumados não conseguirão passar da segunda faixa devido às dissonâncias que os caras imprimem às canções. Os vocais (quando tem algum) são naquela linha do Burzum antigo, bem gritados e praticamente inteligíveis, porém casam perfeitamente com o estilo praticado pela dupla, que é completada pelo também multi instrumentista Violent Sun.

Os teclados são os grandes destaques do álbum, especialmente em faixas como Coldly to Heart, na horripilante New Day Without Me e na belíssima Last Sun Before Polar Night. Enfim, um disco praticamente sem vozes, mas que pode proporcionar madrugadas bem interessantes. Suicidas, cuidado!

16 dezembro 2010

Psycroptic - "Ob(Servant)" (2008)

"Ob(Servant)"
Full-length, Nuclear Blast
September 26th, 2008



Jason Peppiatt - Vocal
Joe Haley - Guitarra
Cameron Grant - Baixo
Dave Haley - Bateria
Pois bem, chegou o fim de ano! Hora de alegria, amigos, confraternização e, claro, décimo terceiro salário. Desde sempre a melhor pedida é aproveitar a grana extra e conferir o que rola de novo no universo metálico. Lá vai você à loja mais perto de sua casa e - nossa! - que capa de CD caprichada! É o CD  do Psycroptic, aquela banda australiana de Death Metal. 

Bom, antes de comprar, melhor pedir para dar aquela ouvidela esperta. Passados dois minutos de audição de "Slaves of Nil", que o vendedor colocou em modo random, te ocorre que aqueles riffs são muito parecidos com algo que você ja ouviu no Decapitated da fase  Nihility. Aí, claro, você reconhece que tem qualidade, mas pede para trocar de faixa e a que cai agora é a "Immortal Army of One" e lá está uma bateria trabalhadíssima, com viradas super interessantes, exatamente como aquelas que o Vader costuma ter em seus álbuns.


Mas porra, o Vader já é o VADER e todos os outros que eles chupam já estão com seus lugares ao sol. Além das citadas você pode ver a produção certeira do Coldworker, os vocais dobrados e gritados do Vile e vários grooves do Obscura. Impaciente, você ignora a permissão do vendedor e pressiona próxima, próxima, próxima e o que vem diante de cada minuto decorrido é uma colcha de retalhos de bandas que estão na ativa e, esperto que você é, já tem toda a coleção em casa. É exatamente por isso que a gente ainda não ouviu falar do Psycroptic em maior escala, e descobre, por fim, que o problema deles é justamente parecer com alguém o tempo todo e sempre ficar à sombra de quem os inspira.

Ao voltar os olhos para o CD que está em suas mãos, a questão que fica é: será que vale a pena comprar esse Ob(servant) ou seria melhor esperar o Psycroptic encontrar seu próprio caminho e lançar algo digno de aplausos? Prefiro a segunda opção, talento eles tem.

Seventh Wonder - "The Great Escape" (2010)

"The Great Escape"
Full-length, Lion Music

Tommy Karevik - Vocals
Johan Liefvendahl - Guitar
Andreas Söderin - Keyboards
Andreas Blomqvist - Bass
Johnny Sandin - Drums
Quem me conhece sabe que não escondo minha admiração pela Suécia. Tenho diversos motivos para apreciar tanto aquele gélido país nórdico, mas o principal deles é, sem dúvidas, por questões musicais. Senão vejamos. Um pedaço tão pequeno de terra conseguiu ao longo dos últimos 30 anos - para ficarmos apenas neste período - uma gama de bandas que se eu fosse citar aqui não haveria espaço para falar do tema central deste texto: o Seventh Wonder.

Passando o olho pelo site oficial, myspace e outros espaços virtuais que citam o grupo, o pensamento talvez leve a crer tratar-se apenas de mais um nome dentro do já saturado(?) cenário denominado de Metal Progressivo. Ledo engano garotos e garotas. Estamos diante de uma obra-prima musical do novo século. Vou justificar mais a frente o porquê desta afirmação mas se eu só citasse a performance do vocalista Tommy Karevik já seria mais do que suficiente. 


O que este rapaz faz com o gogó é qualquer coisa de magistral. Pegue um Göran Edman (vocalista que emprestou sua voz aos álbuns Eclipse e Fire and Ice do Malmsteen, bem como cantou com Jonh Norum do Europe, Street Talk e uma infinidade de outros projetos) e dê-lhe um soco na cara! Depois xinga a mãe dele, pisa na unha encravada e coloca o pé pro cara tomar uma queda daquelas... aí chama ele pra briga... sabe o que vai acontecer? Tu vai se ser nocauteado! Foi isso o que aconteceu comigo ao ouvir as primeiras linhas de "Wiseman", faixa que abre este "The Great Scape", quarto álbum de estúdio do 7th Wonder. Tudo voltaria ao normal se eles não tivessem feito o favor de criar um dos maiores hits deste ano: "Alley Cat". O vídeo circula fácil pela Internet e bastam os primeiros versos para perceber as sacadas interessantíssimas das letras dos caras.

E a covardia continua. Porque ouvir na sequência "The Angelmaker" e "King of Whitewater" é de fazer qualquer mortal (quiçá os imortais também) sair correndo doido cantando por aí. Que guitarras perfeitas, hiper ultra bem timbradas, solos certeiros, harmonias ímpares, uma batera fora do comum de boa, baixo maravilhoso e teclados na medida certíssima! Eu particularmente tenho esta última citada como a melhor do álbum (opinião que pode mudar em breve, aliás). "E balada, tem?" Pode ser uma possível pergunta. Tem camarada, e o que é isso? "Long Way Home" tocaria em qualquer rádio decente deste país se tivessemos alguma. Canção grudenta, de apelo popular mas sem perder a sofisticação escandinava de costume. As vozes - novamente elas! - são sobrenaturais. Olha, balada pesada tá certo? Tem guitarra em jogo o tempo todo nesta joça, tá pensando o quê?


"Move on Through" é talvez a faixa com menos glamour dentre todas, mas nem de longe poderia ser descartada. Muito pelo contrário pois ela traz a melhor linha de baixo do disco, além de uma pegada mais retrô, o que me faz lembrar de destacar os diversos elementos AOR, Hard Rock e Melodic Rock presentes em "The Great Scape". Daí chega a faixa-título. Dá medo porque a danada possui singelos 30 minutos! Ainda bem que eu não desisti porque mais parecem umas cinco músicas em uma (algo que o Queen sabia fazer como ninguém nos anos 70). Sério, não cansa, quando tu percebe já acabou.


Discaço, eu que já estava com minha lista dos melhores de 2010 fechadinha tive que rever e inclui-lo. Detalhe: no primeiro lugar!



12 novembro 2010

Symfonia - Uma nova promessa ou apenas mais um fiasco?

O Symfonia é a nova empreitada do guitarrista Timo Tolkki (ex-Stratovarius) após o fracasso que foi o Revolution Renaissance.

Desta vez, ele convidou músicos de gabarito: André Matos (dispensa maiores apresentações),Uli Kusch (ex-Helloween/Masterplan), Jari Kainulainen (ex-Stratovaius) e Mikko Härkin (Sonata Arctica).


Todos sabem que Timo Tolkki é um excelente músico e blá, blá blá, mas convenhamos, ele nunca mais compôs um álbum legal desde o "Visions", do Stratovarius. Depois ele apenas gravou CDs bem medíocres com sua ex-banda, e até se esforçou  para que "Infinite", lançado em 2000, viesse com a mesma carga de outrora, mas, não deu. 


E ainda, todos que estão antenados com o que acontece no cenário metálico sabe que o cara já surtou várias vezes: tentou expulsar todo mundo da banda, anunciou uma vocalista feminina (aliás, o que aconteceu com ela?) e depois voltou atras, internou-se em uma clínica psiquiátrica, se demitiu do Stratovarius e formou o Revolution Renaissance, que foi um verdadeiro fiasco (êta bandinha ruim). 


E só para relembrar mais uma, recentemente ele foi acusado de não ter gravado os solos de guitarra em "Trinity", ultimo álbum do Revolution Renaissance, sendo eles executados pelo produtor Santtu Lehtiniemi (mais detalhes aqui). Ou seja, o cara não bate bem da cabeça, é um "lelé da cuca"! 


Depois de um currículo como esse, não tem como não olhar com desconfiança para esse novo projeto e temer se o gordinho não vai surtar novamente. 


De qualquer modo, fico feliz pelo vocalista André Matos, outro musico excepcional, mas que depois de sair do Angra parece ter ficado um pouco sem rumo. 


Gravou dois CDs legais com o Shaman, e depois investiu na sua carreira solo com álbuns não muito expressivos (minha opinião). Espero que o Symfonia não seja apenas mais um projeto "para não ficar parado", se é que me entendem.


No mais, vamos aguardar pelo CD de estreia, programado para ser lançado no inicio de 2011.

08 novembro 2010

Phil Varone posa nu e Sebastian Bach se irrita

Por Julio Feriato


Recentemente pelo Twitter, Sebastian Bach (acho que todos aqui sabem quem é) fez algumas declarações sobre o fato de  Phil Varone, ex-batera do Skid Row, ter posado nu para a revista Playgirl: "Essa é a prova definitiva que o nome Skid Row perdeu toda sua credibilidade. Agora se tornou desprovido de todo sentido. Ainda bem que nunca compartilhei palco ou estúdio com essa pessoa em toda a minha vida. Pergunto aos fãs de reuniões: vocês esperam que eu volte para isso? Sério? Desculpem, simplesmente não vai acontecer"

Bom, não vou entrar em questões moralistas sobre o que é certo ou errado, até porque, eu não sou nem um pouco puritano sobre certos assuntos. Mas acho que Sr. Bach esta sendo totalmente ignóbil afirmando que esse fato ajudou a manchar ainda mais reputação de sua ex-banda.

Muitos de vocês devem se lembrar que o falecido Peter Steele, ex-vocalista / baixista do Type O' Negative, também ja mostrou seus "atributos" nessa mesma publicação, e isso nunca manchou a imagem de sua banda (e de boa, se eu tivesse um "pirocão" daquele e me oferecessem pra posar nu, eu não pensaria duas vezes, uma graninha a mais no bolso sempre é bem vinda).

Sebastian Bach atualmente. 
Ta velha, hein bee?
O fato é que o Skid Row não é mais o mesmo desde que Sebastian foi demitido após o fracassado álbum "Subhuman Race" (1995), que nem é um trabalho ruim, mas que não tem o mesmo brilho dos primeiros Lps "Skid Row" (1989) e "Slave to the Grind" (1991). Tanto que depois de trocar de vocalista e lançar CDs insignificantes, a banda teve que se contentar a tocar nos bares em vez de estádios lotados. Quem é das antigas deve se lembrar da loucura que foi o primeiro show deles no Brasil, no extinto festival Hollywood Rock em 1992, que nem se compara com a ultima passagem deles por São Paulo, no minúsculo bar Manifesto, em 2009.

De qualquer modo, essa declaração de Sebastian só prova que ele esta cagando e andando para o Skid Row. Após sua demissão ele construiu uma carreira sólida no meio artístico, seja estreando em espetáculos da Broadway ou com sua carreira solo, que convenhamos, calou a boca de muito neguinho. Mas será que ele pensaria assim se precisasse de uns trocados e fosse convidado a fazer uma turnê com seus ex-companheiros? Sinceramente, acho que não.

04 novembro 2010

We Are The Fallen - Tear the World Down

"Tear The World Down"
Universal Republic 
2010
Carly Smithson - vocal
Ben Moody - Guitarra
John LeCompt - Guitarra
Marty O'Brien - Baixo
Rocky Gray - Bateria


Após abandonar o Evanescence no meio de uma turnê, o guitarrista Ben Moody sobreviveu escrevendo e produzindo artistas como Avril Lavigne, Kelly Clarkson, Celine Dion e Anastacia, além de ter lançado sua própria gravadora e um cd solo.

Mas em 2007, após a saida do baterista Rocky Gray e do guitarrista John LeCompt do Evanescence, Ben não perdeu tempo e os convidou para fazer parte de seu novo projeto musical. Para completar o time, convidaram Carly Smithson, finalista em 2008 da 7° temporada do programa American Idol para ocupar o posto de vocalista, junto do baixista Marty O’Brien, e assim estava formado o We Are The Fallen, cujo o nome é uma referência ao álbum "Fallen", do Evanescence.

Qualquer semelhança com a banda citada não é mera coicidência, e até foram acusados de tentar copia-los. Realmente a similaridade é gritante, e até a voz de Carly é parecidissima com a de Amy Lee. Mas convenhamos, Ben Moody compôs quase todas as músicas do álbum "Fallen", então estaria ele copiando a si mesmo? Complexo, não?

De qualquer forma, "Tear The World Down" é um bom álbum, e há grandes momentos nele. O som é pesado, sombrio, e tem tudo para agradar qualquer fã de gothic metal. O lance é não ser um radical xiita e dar uma chance.

Músicas:
1. Bury Me Alive
2. Burn
3. Paradigm
4. Don't Leave Me Behind
5. Sleep Well, My Angel
6. Through Hell
7. I Will Stay
8. Without You
9. St. John
10.I Am Only One
11.Tear The World Down

12. Like a Prayer (Madonna cover)*
DOWNLOAD (Link removido pelo Blogger)

 

29 setembro 2010

CJSS: a banda de David T. Chastain, antes do CHASTAIN

O CJSS foi formado pelo guitarrista David T. Chastain, o baterista Les Sharp e o baixista Mike Skimmerhorn quando em meados de 1984, o Spike, antiga banda do trio, encerrou suas atividades. Para completar o time, o vocalista Russel Jinkens foi convocado, e assim estava criado o CJSS.

Notem que o nome da banda nada mais é  do que a sigla do sobrenome dos integrantes: C de Chastain, J de Jinkens, S de Skimmerhorn e S de Sharp.


No verão de 1985 eles entram em estudio para gravar "World Gone Mad", que foi lançado em Janeiro de 1986 e que teve uma excelente repercussão mundo afora.

Depois de fazer uma pequena turnê nos EUA, imediatamente o quarteto retornou ao estúdio para gravar o clássico "Praise the Loud", e o lançaram em Outubro de 1986, ou seja, mal tinham divulgado seu debut e já soltaram o segundo trabalho em menos de 1 ano!

Logo após, sabe-se lá o porquê, o guitarrista David T. Chastain deixou o CJSS de lado para se concentrar em sua banda solo, o Chastain, e por causa disso a banda lançou um novo álbum somente em 2000, o "Kings of the World". Este trabalho teve um direcionamento mais cru e pesado, e o que chama a atenção é a mudança drástica no timbre de Russel Jinkens, que ficou com o vocal mais rouco, e quem ouve sem saber não fala nem a pau que é o mesmo cara cantando (antes ele cantava muito, mas muito melhor).

Curiosidade: Na época em que Praise the Loud foi lançado, ele foi "pirateado" no Brasil pela extinta Woodstock Discos e até hoje nunca foi oficialmente relançado em CD por aqui.  Por causa disso, não só ele, mas como os outros álbuns da discografia são difíceis de encontrar, pois além de serem importados, eles estão fora de catálogo.

World Gone Mad (1986)
01. Hell On Earth
02. No- Man´s- Land
03. Communication Breakdown (Led Zeppelin cover)
04. World Gone Mad
05. Run To Another Day
06. The Gates Of Eternity
07. Destiny
08. Welcome To Damnation
09. Purgatory/Living In Exile


Praise The Loud (1986)
1. Out Of Control
2. Land Of The Free
3. Don´t Play With Fire
4. Praise The Loud
5. Citizen Of Hell
6. Danger
7. Metal Forever
8. Thunder And Lightning (instrumental)
9. The Bargain 


Kings of the World (2000)
1. Kings of the World
2. The Final Frontier
3. The Executioner`s Song
4. Wild in the Streets
5. Thief of Hearts
6. I4I
7. The Fall of Babylon
8. All is Fire
9. Locomotive Breath (Jethro Tull cover)
10. The End of the Rainbow
11. Cries of the Dawn


SANCTUARY oficializa seu retorno

O Sanctuary é de Seattle/EUA e seu primeiro LP (Refuge Denied, 1988) foi produzido por Dave Mustaine (Megadeth). O som era uma mistura do Heavy Metal clássico mas com um pezinho no Thrash Metal, e isso tudo munido ao vocal poderoso de Warrel Dane (hoje no Nevermore) que antigamente abusava dos agudos a lá King Diamond.


O segundo trabalho, Into the Mirror Black, foi lançado em 1990 e mostrou músicas mais cadenciadas, com letras sérias e até politizadas. O clipe da faixa de abertura Future Tense chegou a rolar na MTV, onde os músicos exibem seus cabelos kilométricos, tornando-se inspiração para muita molecada deixar o cabelo crescer, inclusive este que vos escreve.

Infelizmente com o grande "boom" do grunge no inicio dos anos 90, as gravadoras começaram a perder o interesse pelo Metal e várias bandas ficaram encurraladas: ou mudavam sua proposta musical, ou ficavam sem gravadora. Por isso alguns integrantes do Sanctuary quiseram mudar para algo mais comercial, o que culminou seu fim, pois Warrel Dane e o baixista Jim Sheppard não aceitaram tal direcionamento e deixaram o grupo, formando em seguida o Nevermore. De qualquer maneira, o Sanctuary deixou sua marca registrada na história do Heavy Metal com dois álbuns magníficos.

Recentemente Warrel Dane divulgou uma nota no qual oficializa o retorno do Sanctuary: "Eu tenho conversado com Lenny [Rutledge, guitarrista original do SANCTUARY]. Nós voltamos a ser bons amigos e me sinto bem!". Ele ainda adiciona: "Eu perdi contato com ele durante anos!"

Refuge Denied (1988)
1. Battle Angels
2. Termination Force
3. Die For My Sins
4. Soldiers Of Steel
5. Sanctuary
6. White Rabbit
7. Ascension To Destiny
8. The Third War
9. Veil Of Disguise

Into The Mirror Black (1990)
1. Future Tense
2. Taste Revenge
3. Long Since Dark
4. Epitaph
5. Eden Lies Obscured
6. The Mirror Black
7. Seasons Of Destruction
8. One More Murder
9. Communion


Into the Mirror Live (ep 1990)
1. Future Tense (album version)
2. Long Since Dark (live)
3. Battle Angels (live)
4. One More Murder (live)
5. White Rabbit (live)
6. Taste Revenge (live)

28 setembro 2010

Archons - The Consequences of Silence

"The Consequences of Silence"
(Cryogenic Records, 2008)

Band: ARCHONS
Origin: Canada
Genre: Melodic/Technical Death Metal

Current line-up:
Sébastien Audet - Vocals
Francis Beaulieu - Guitars
Simon Charette - Guitars
Simon Descoteaux - Bass
Christian Poulin - Drums

TRACKS:
1. Intro
2. Enigma of Torments
3. Of Pride and Prejudice
4. Obsolete Lifeform
5. Plague of Corruption
6. Wandering the Burning Land
7. Pulverizing Inner Toughts
8. The Fall of a Dreamer
9. Beyond Anger
10.Delusional Beliefs

Este "The Consequences of Silence" é um dos melhores álbuns de Melodic Death Metal que escutei nos últimos tempos, e olha que eu escuto muita coisa.

Ao ouvir os primeiros riffs de Enigma of Torments, tive a mesma sensação de quando escutei The Gallery, clássico álbum do Dark Tranquility, pela primeira vez. De fato, o estilo do Archons é bem próximo ao que a citada banda sueca executava em meados de 1995, só que um pouco mais agressivo. Com certeza um dos melhores lançamentos do estilo.




18 julho 2010

Blue Roses - Rough Trade

"Rough Trade"
2009
Artist: BLUE ROSES
Origin: England
Genre: Folk/Acoustic
Line up:
Laura Groves (songs, voice, piano, guitar, keyboards, production)
Tracks:  
1. Greatest Thoughts
2. Cover Your Tracks
3. I Am Leaving
4. Can’t Sleep
5. I Wish I… 
6. Coast
7. Does Anyone Love Me Now?
8. Doubtful Comforts
9. Rebecca
10. Imaginary Flights
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Ok, it's not a Metal band, but it's cool!!